ATA DA NONAGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 27.10.1993.

 


Aos vinte e sete dias do mês de outubro do ano de mil novecen­tos e noventa e três reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Nonagésima Primeira Sessão Ordinária da Primeira Sessão Legislati­va Ordinária da Décima Primeira Legislatura. Às quatorze ho­ras foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, Clênia Maranhão, Clóvis Il­genfritz, Décio Schauren, Eliseu Santos, Eloi Guimarães, Fer­nando Zachia, Geraldo de Matos Filho, Gerson Almeida, Guilher­me Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, Jair Soares, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas e Wilton Araújo. Constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou que fossem distribuídas em avulsos cópias da Ata da Nonagésima Sessão Ordinária, que foi aprovada. À MESA foram encaminhados: pelo Vereador Antonio Hohlfeldt, 02 Pedidos de Informações n°s 159 e 160/93 (Processos n°s 2598 e 2599/93) e 01 Projeto de Lei do Legislativo n° 135/93 (Processo n° 2637/93). Ainda, foi apregoado o Ofício n° 660/93, do Senhor Prefeito Municipal. Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios n°s 653/93, do Senhor Prefeito Municipal, 1393/93, do Tribunal de Contas do Estado, 4330/93, do Ministério das Comunicações, s/n°, da Fundação de Ciência e Tecnologia; Cartões do Deputado Valdir Fraga e da Gerência do Praia de Belas Shopping Center. A seguir, o Senhor Presidente registrou a presença, no Plenário, do Engenheiro Dieter Wartchow, Diretor Geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos, convidando Sua Senhoria a integrar a Mesa dos trabalhos. Em continuidade, o Senhor Presidente informou que o Engenheiro Dieter Wartchow encontrava-se na Casa nos termos do Requerimento n° 267/93 (Processo n° 2531/93), de auto­ria do Vereador Eliseu Santos, e concedeu a palavra a Sua Se­nhoria, que prestou esclarecimentos sobre o Programa Pró-Guaíba e respondeu questionamentos a respeito formulados pelos Vereadores Eliseu Santos, João Dib, Jair Soares e Guilherme Barbosa.  Ainda, o Senhor Presidente registrou a presença, na Casa, dos Vereadores Edi Soares Britz, de Santo Ângelo, e João Luiz Dutra e Ailton Santos, de São Miguel das Missões. Após, agradeceu a presença do Diretor Geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos e, constatada a existência de “quorum”, foi aprovado Requerimento verbal do Vereador Luiz Negrinho, solicitando alteração na ordem dos trabalhos. Este Requerimento foi aprovado por dezoito Votos SIM, tendo votado os Vereadores Décio Schauren, Eloi Guimarães, Geraldo de Matos Filho, Guilher­me Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Jair Soares, João Dib, João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila e Pedro Ruas, e tendo sido submetido à votação no­minal por solicitação do Vereador Wilton Araújo. A seguir, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Na ocasião, foram aprovados Requeri­mentos, da Vereadora Maria do Rosário, solicitando que o Projeto de Lei do Legislativo n° 03/93 tenha adiada sua discussão por três Sessões, e da Vereadora Clênia Maranhão, solicitando que o Projeto de Lei do Legislativo n° 14/93 tenha adiada sua discussão por duas Sessões. Em Discussão Geral e Votação foram aprovados os Projetos de Lei do Executivo n°s 78 e 79/93, este após ser encaminhado à votação pelo Vereador Clóvis Ilgenfritz, e o Projeto de Resolução n° 19/93. Ainda, foram aprovados os seguintes Requerimentos, solicitando que os Projetos em questão sejam dispensados da votação de suas Redações Finais: do Vereador João Verle, com relação aos Projetos de Lei do Executivo n°s 78 e 79/93, e do Vereador Wilton Araújo, com relação ao Projeto de Resolução n° 19/93. Na ocasião, o Senhor Presidente apregoou os Ofícios n°s 656 e 661/93, do Senhor Prefeito Muni­cipal. Em prosseguimento foram aprovados os seguintes Requerimentos: do Vereador Antonio Hohlfeldt, de Moção de Protesto endereçada à Prefeitura Municipal de São João Del Rey, pelas obras de pavimentação realizadas na cidade, desrespeitando o conjunto do patrimônio histórico daquela cidade, reconhecida universalmente pela UNESCO, e pertencente a todo o povo brasileiro; do Vereador Eliseu Santos, de Votos de Congratulações com Armando Würth, Diretor do Instituto Pestalozzi, pelo aniversário de fundação do Instituto, com a Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga, pela aquisição da Companhia Atlantic de Petróleo;  do Vereador Gerson Almeida, de Voto de Congratulações com a Associação Profissional Sul-Brasileira de Geólogos, com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Assembléia Legisla­tiva do Estado, por promoverem o 1º Fórum Nacional sobre Geologia de Meios Urbanos; do Vereador Isaac Ainhorn, de Voto de Congratulações com a Organização Sionista do Rio Grande do Sul, pela realização do 1º Festival Nacional Amador de Vídeo Judai­co, e de Moção de Apoio desta Casa Legislativa à derrubada do Veto Presidencial ao artigo 6º da Lei Federal n° 8.029, refe­rente à incorporação, pelo Banco do Brasil, das funções do ex­tinto Banco Nacional de Crédito Cooperativo, este após ter si­do encaminhado pelo Autor; do Vereador Jocelin Azambuja, de Votos de Congratulações com a Fundação de Atendimento ao Deficiente e ao Superdotado no Rio Grande do Sul, pela passagem de seu aniversário, com a Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão, pela eleição da nova Diretoria, com o Conselho Regional de Odontologia do Rio Grande do Sul, pela passagem do Dia do Dentista, com o Sindicato Nacional dos Aeronautas, pela passa­gem do Dia do Aviador; do Vereador Luiz Braz, de Voto de Congratulações com a Associação Brasileira de Servidores de Câmaras Municipais, pela Diretoria empossada durante o VIII Congresso Nacional de Servidores de Câmaras Municipais; do Vereador Nereu D’Ávila, de Voto de Congratulações com a Televisão Ban­deirantes - Canal 10, pela transmissão, ao vivo, da Comissão Parlamentar de Inquérito do Congresso Nacional, simultaneamente com a Comissão Parlamentar de Inquérito realizada pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, no dia vinte e dois do corrente. Ainda, foi aprovado Requerimento do Vereador Airto Ferronato, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no período de vinte e sete a vinte e nove do corrente, tendo o Senhor Presidente solicitado a convocação do devido Suplente. Após, em Renovação de Votação, foi aprovado Requeri­mento da Vereadora Helena Bonumá, de Moção de Repúdio à Chefia da Casa Civil do Estado, pelas declarações do seu Titular, Se­nhor Sérgio Porto, à Rádio Gaúcha e Jornal Zero Hora, dia de­zesseis do corrente, por quinze Votos SIM contra seis Votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ter sido encaminhado à votação pelos Ve­readores Eloi Guimarães e Helena Bonumá, tendo votado Sim os Vereadores Clênia Maranhão, Décio Schauren, Eliseu Santos, Fernando Zachia, Geraldo de Matos Filho, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Luiz Negrinho, Maria do Rosário e Gerson Almeida, votado Não os Vereadores Artur Zanella, Eloi Guimarães, João Dib, Luiz Braz, Mário Fraga e Pedro Américo Leal e tendo optado pela Abstenção os Vereadores Clóvis Ilgenfritz e Jair Soares. Ainda, foi apregoado o Projeto de Lei do Legisla­tivo n° 81/93 (Processo n° 2711/93). Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Dib comentou o encaminhamento, à Casa, pelo Executivo Municipal, de cópia de Edital de licitação pública, conforme determinado pela Lei n° 7007, declarando existirem diversas concorrências em andamento sem que este Legislativo te­nha sido devidamente notificado. Questionou os motivos da ati­tude do Executivo Municipal, salientando que o Edital de licitação encaminhado à Casa refere-se à compra de material para o Hospital de Pronto Socorro e atentando para os problemas resultantes de qualquer atraso na compra desse material. O Vereador Pedro Ruas registrou o transcurso dos vinte anos de existência da Fundação de Atendimento ao Deficiente e ao Superdotado do Rio Grande do Sul, FADERGS, discorrendo sobre a criação e os objetivos desta Instituição. Declarou ter ela marcado seus vinte anos por um trabalho de atendimento no campo da educação e da própria cidadania, com resultados profundamente importan­tes para a nossa sociedade, reconhecidos a nível nacional e internacional. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou ter o Vereador Pedro Ruas falado em nome da Casa e colocou o Legislativo de Porto Alegre à disposição para a realização de um traba­lho conjunto com a Fundação de Atendimento ao Deficiente e ao Superdotado do Estado. Também, o Vereador Artur Zanella, como Presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, lembrou a todos da importância do encaminhamento, dentro dos prazos regi­mentais, das Emendas aos projetos orçamentários do Executivo Municipal. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram, em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do Executivo n° 80/93; em 3ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo n° 32/93 e o Proje­to de Resolução n° 32/93. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Lauro Hagemann leu e comentou documento divulgado no último fim-de-semana, fruto de debate realizado entre representantes do PPS, do PT e do PSDB, visando aglutinar os setores ditos de esquerda em um processo de encaminhamento para uma solução glo­bal para o País. Destacou que a busca concreta do desenvolvi­mento brasileiro exige a construção de um consenso o mais am­plo possível, a partir do debate democrático, da crítica e da colaboração intensiva de grupos representativos das diversas opiniões e interesses presentes no conjunto da sociedade. O Vereador Milton Zuanazzi analisou o momento hoje vivido pelo País, em que denúncias de corrupção são feitas por pessoas diretamente envolvidas nesse processo, criando um questionamento sobre a validade da aceitação desse tipo de denúncias. Atentou para a necessidade de que seja dado um voto de confiança às instituições democráticas, como meios de apuração da verdade e punição devida dos culpados. Às dezesseis horas e oito minutos, constatada a inexistência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores pa­ra a Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os traba­lhos foram presididos pelo Vereador Wilton Araújo e secretariados pelos Vereadores Clênia Maranhão e Pedro Ruas, este como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Clênia Maranhão, 2ª Secretária, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.  

 

 


O SR. PRESIDENTE: A Mesa apregoa Ofício n° 660/93, do Sr. Prefeito Municipal.

De acordo com o Requerimento de autoria do Ver. Eliseu Santos, aprovado por este Plenário, temos a presença do Engº Dieter Wartchow, Diretor-Geral do DMAE, que irá prestar esclarecimentos sobre o Programa Pró-Guaíba.

Abrimos esta Sessão, agradecendo a presença do Engº Dieter que, prontamente, acolheu o convite desta Casa. De imediato, passamos à exposição inicial do Engº e, logo após, vamos permitir aos Srs. Vereadores que façam as perguntas. Solicitaríamos aos Srs. Vereadores que, enquanto o Engº Dieter faz a sua exposição inicial, fossem inscrevendo-se para as perguntas.

Com a palavra, o Engº Dieter Wartchow.

 

O SR. DIETER WARTCHOW: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sr. Ver. Eliseu Santos, que externou o convite para vir a esta Casa. Hoje, o meu propósito único é de trazer algumas informações do nosso planejamento, das nossas atividades, que estamos desenvolvendo no setor do saneamento básico, especificamente, esgotamento sanitário e tratamento de esgotos. Nós temos projetos importantes em andamento que foram avalizados por esta Casa e os quais eu pretendo elucidar em alguns aspectos técnicos que me for possível neste pequeno tempo. Nossa atividade no setor de saneamento básico, especificamente, esgoto sanitário está baseado em critérios específicos os quais buscam resolver localmente um pensamento global, ou seja, nós procuramos trabalhar a questão do esgoto sanitário, em Porto Alegre, dentro de uma visão global, puro bacia hidrográfica, ou seja, por área de contribuição observando também, em alguns locais da Cidade onde existem maiores índices de mortalidade infantil ou então com problemas de saúde pública buscar priorizar obras para esses locais. É claro que para nos situarmos faz-se necessário observar um pouco a distribuição geográfica da Cidade. Eu tenho este mapa ao meu lado, com um pouco de esforço a gente consegue visualizar a nossa intervenção na Cidade. Temos áreas da Cidade distribuídas em quatro grandes bacias de contribuição que delinearam o planejamento do DMAE a partir de 1980, por ocasião da revisão do Plano Diretor do Esgotamento Sanitário, as bacias da Zona Sul, do Arroio Dilúvio, da São João Navegantes e da Zona Norte do sistema Gravataí. Nessas áreas estamos atuando dentro das possibilidades orçamentárias. No Arroio Dilúvio e na área central, parte da área da Cidade denominada São João Navegantes, nós já dispomos de um sistema de coleta de esgotos cloacais, separador absoluto, e estamos buscando complementar principalmente esse sistema na área de contribuição do Arroio Dilúvio sobre o qual existe um projeto em andamento, projeto PROCEJE, o qual está sendo financiado pelo Governo Federal com verbas a fundo perdido num montante de 75%, seus recursos, um projeto em torno de três e meio milhões de dólares e 25% dos recursos estão vindo da tarifa de água e esgoto através do orçamento do DMAE. Essas obras já estão em andamento e se localizam nessa área do Olímpico, em direção à Grande Cruzeiro e à grande Glória. Estão sendo construídos 62,4 quilômetros de rede de esgoto. Pretendemos, com essas extensões de rede de esgoto, mais as ligações domiciliares, retirar o equivalente ao esgoto de 50 mil pessoas que hoje é lançado in natura, através da rede pluvial do Arroio Dilúvio, lançá-lo num sistema interceptor, na ponta da cadeia, a partir de um dispersor, ou seja, de um emissário fluvial, uma situação mais favorável para o rio. Também na área do Arroio Dilúvio estamos desenvolvendo vários projetos de cunho educacional, procurando desenvolver um trabalho junto à população para que ela se conscientize conosco, com o Poder Público, no sentido de evitar que se jogue lixo, de entender as obras que estamos realizando. Estamos desenvolvendo um projeto de planejamento na Lomba do Sabão, buscando preservar aquela manancial como fonte para abastecimento público de água, e estamos implementando redes de esgoto na Vila Brasília. Além dessas ações, estamos finalizando uma negociação que visa a acelerar o ritmo de obras na área da Zona Sul de Porto Alegre e de São João Navegantes. Esses projetos são integrantes do programa Pró-Guaíba. A participação do Município no Pró-Guaíba se deu desde o início da configuração do projeto. O modelo do Pró-Guaíba seguiu os moldes do nosso programa Guaíba Vive, a estruturação; partiu da existência de projetos na área sanitária, na área de tratamento de Porto Alegre, extrapolou limites do Município, foi para Cachoeirinha, Gravataí, e agora se transformou num projeto amplo, em toda a bacia de contribuição do Guaíba. Os senhores receberam uma coletânea, uma informação, na qual estão especificados os projetos, sucintamente, os recursos, as condições de financiamento junto ao banco. Colocamo-nos à disposição para esclarecimentos. É claro que essas obras não só se caracterizam por uma iniciativa exclusiva desta Administração. É importante destacar que, na Zona Sul, obras denominadas de interceptação de esgotos foram iniciadas no ano de 1983, na gestão do Ver. Dib, que se propunham a interceptar esgotos nos banhados de Ipanema, Guarujá e Espírito Santo, visando minimizar os efeitos da poluição daquele balneário. Estas obras foram interrompidas e, agora, estamos dando seqüência, desde 1991. Incluímos estas obras dentro do Projeto Pró-Guaíba e estamos iniciando o processo licitatório para a execução das obras. O Pró-Guaíba visa a construção de 112 km de esgoto e, também, a construção de uma estação de tratamento de esgoto na Zona Sul e na área de Navegantes. Serão tratados os esgotos de, aproximadamente 250 mil pessoas. Esse projeto é fundamental para Porto Alegre, pois, além de iniciar um processo de recuperação do manancial, vamos estar protegendo as nossas captações e devolvendo as áreas de lazer à população. Então, os esforços deverão ser conjuntos. O Banco avalizou, economicamente, esse Projeto, a partir das condições financeiras encontradas no Departamento, ou seja, um Departamento sem dúvidas. Serão emprestados trinta milhões de dólares, sendo que a contrapartida destes projetos é de responsabilidade do DMAE e do DMLU, e a amortização, também, será de responsabilidade do Município e do DMAE. Essa característica é um pouco diferente dos outros projetos. Os projetos que complementam o Pró-Guaíba serão financiados pelo Governo do Estado, neste sentido, fora do âmbito Municipal. Nesta figura (Mostra um slide.), vemos as intervenções na área do Arroio Dilúvio, destacando a represa da Lomba do Sabão. Temos a área do PROCEJ, e no gráfico temos localizadas as intervenções que já estão sendo desenvolvidas, os processos licitatórios já estão em fase final de execução, outros em preparação, compreendendo obras em frente à Taba, compreendendo obras de complementação dos emissários interceptores e redes adutoras, casas de bombas e estação de tratamento de esgotos. Essas licitações, principalmente na Zona Sul, nós pretendemos iniciar até o final do ano, no que se refere à construção da estação de tratamento de esgotos da zona sul, enquanto que a licitação do projeto da São João/Navegantes será iniciado no começo do ano que vem, em torno de março, conforme as estimativas do nosso cronograma.

Sr. Presidente, eu gostaria de mostrar alguns slides, e colocar-me à disposição para eventuais perguntas que os Vereadores queiram formular.

 

(Mostra alguns slides.)

 

Nesta figura se vê o Cais do Porto, onde se localizam duas estações de captação para tratamento de água para o São João e para o Moinhos de Vento, ou seja, dois terços da água de Porto Alegre são captados no Cais do Porto, e a idéia inicial é tratar esgotos na área do Bairro Navegantes, que se situa praticamente nesta área. Temos 7,2 hectares desapropriados, já para esse fim, com projeto incluído. O projeto que será feito, naquele local, será uma estação de tratamento de esgoto, utilizando um processo mais técnico, denominado Projeto de tratamento por Lodos Ativados, com decantação, com tratamento e desidratação de lodo, vindo do tratamento biológico. Para uma segunda etapa nós já estamos negociando com técnicos do banco. Esta segunda etapa visa ao tratamento de esgotos da área central de Porto Alegre e da área do Arroio Dilúvio. As alternativas que estamos trabalhando para este Projeto, numa segunda etapa, são a condução dos esgotos da Ponta da Cadeia do Gasômetro, pelo cais do porto, até o bairro Navegantes, onde haveria área em quantidade suficiente para executar a ampliação daquela estação que estaria sendo construída ou conduzir os esgotos para a Ilha do Pavão, onde se processaria seu tratamento a partir de uma tecnologia apropriada e estudada para este fim.

Em Ipanema, temos o Arroio Capivara na altura da Taba, temos em torno de 1.900 m de emissários e interceptor já construídos; precisamos construir mais 2.000 m aproximadamente. A nossa idéia é interceptar todos os lançamentos de esgoto - são 29 pontos de lançamento de esgoto ao longo de Ipanema, Espírito Santo e Guarujá - e conduzi-los através de estações de bombeamento até uma estação de tratamento para a depuração dos detritos.

Temos, de imediato, uma intervenção prevista em frente à Taba, onde haverá uma interferência. Deixou-se de construir por uma questão jurídica, já que a Taba é um estabelecimento comercial. Isto prejudicou todo o Projeto e pretendemos, a partir destas alternativas, executar essas obras, possibilitando assim a complementação do interceptor.

Este é o Arroio Capivara. Vejam o aspecto de toda a carga poluidora que é lançada em Ipanema, o que torna o uso da água impróprio para lazer e banho. Esses lançamentos pretendemos interceptar e conduzir para uma rede e bombeá-los até uma estação de tratamento de esgotos.

Este é um dos pontos de lançamento de esgotos, próximo ao Arroio Espírito Santo. Aqui estamos testando o que foi feito em anos anteriores, ou seja, nós limpamos o emissário, fizemos um teste de escoamento para verificar se eles funcionavam, de fato ele funciona. Nós colocamos uma barragem de sacos de areia e pretendemos desviar esse arroio, Capivara, para dentro desse emissário que está construído ao longo da praia. Aqui será desviado o arroio para dentro desse emissário, em tempo seco. É claro que quando chover demais, vai haver um transbordamento, que vai chegar à praia. Aqui nós estamos nos aproximando da localização da área em que será construída a estação de tratamento de esgotos da zona sul de Porto Alegre. Nós temos o bairro Vila dos Sargentos, o quartel da Serraria, atrás desse quartel nós temos desapropriados 53 hectares de área para a construção de uma área de tratamento de esgotos. Esta é área que está desapropriada, uma área mais clara, mais plana, onde será construída uma estação de tratamento de esgotos cujo processo será idêntico ao processo de tratamento que nós construímos no Lami.

Esta estação de tratamento de esgoto do Lami será construída na mesma configuração, ou seja, dois módulos com lagoas em séries. Esta estação será praticamente repetida na zona sul de Porto Alegre. Esse é o processo de tratamento de esgotos que será construído na área da São João - Navegantes. Um processo que exige uma tecnologia mais apurada, exige um pouco mais de energia, mas, tendo em vista a limitação de área, nós vamos construir um processo de lodos ativados com digestão anaeróbica de lodos. É um processo controlável, a partir da licença ambiental que conseguimos junto a CEPAM, nós estamos finalizando a preparação dos editais para iniciar o procedimento licitatório. Concluo a minha intervenção e me coloco à disposição.

 

 O SR. PRESIDENTE: Queremos registrar, para a honra desta Casa, a presença dos Vereadores de Santo Ângelo Edi Soares Britz, Vereadores de São Miguel das Missões João Luiz Dutra e Ailton Santos, que já estão no nosso Plenário. Agradecemos a presença dos senhores e espero que as nossas experiências e as experiências dos senhores possam ser trocadas tanto para o engrandecimento da região dos senhores como desta Casa. Passamos ao questionamento dos Srs. Vereadores. Com a palavra, o Ver. Eliseu Santos.

 

O SR. ELISEU SANTOS: Eu quero agradecer a presença do Engº Dieter, que aceitou nosso convite e também quero dirimir duas dúvidas, uma delas relacionada com a “Taba”. O que houve, ou melhor, o que está havendo que impediu a construção desse coletor de esgotos? E o segundo, que agora acompanhei por slides: parece-me que, quando houver uma chuva muito forte, haverá o transbordamento de um determinado compartimento coletor e este vai contaminar a praia. Então, eu pergunto se, com investimento desta monta, existe uma alternativa para evitar esse transbordamento ou derivá-lo diretamente para uma unidade de tratamento? Porque se investe uma quantidade muito grande de dinheiro e de repente uma chuva contamina a praia onde está sendo feito um trabalho! Gostaria que o senhor esclarecesse esses dois pontos.

 

O SR. DIETER WARTCHOW: Com relação à “Taba”, é uma discussão muito longa. A “Taba”, assim como outros bares, está reivindicando a permanência naquele local. Existe um projeto de urbanização e ordenação da atividade comercial, adequação daquela paisagem que existe ali à atividade comercial. Existe uma proposta do Governo Municipal de reordenar essas atividades industriais e os proprietários da Taba não consentiram com essa proposta e entraram judicialmente contra a própria Taba para que permitisse a execução da obra e se adequasse a todo o projeto da Administração. Não é um projeto exclusivo da Administração, mas reivindicado pela população que freqüenta Ipanema e, lamentavelmente, a questão judicial ficou em primeiro plano. Não podemos retardar mais; temos necessidade de finalizar aquele conjunto de obras. Desde 1983, foram investidos recursos e eles não estão sendo utilizados, ou seja, o projeto não está complementado. O projeto precisa ser posto em operação. Introduzindo sua segunda pergunta, vamos desenvolver o projeto em duas etapas. Na primeira, finalizaremos o sistema interceptor de bombeamento e tratamento, depois, com recursos do Pró-Guaíba, vamos incrementar a coleta de esgotos naquela área, separando o esgoto cloacal da água da chuva. E aí vamos utilizar todo o conjunto de obra para conduzir e tratar os esgotos cloacais que advirão daquela região. Portanto, em um primeiro momento, vamos contar, sim, com o transbordamento dessa água misturada a esgoto, quando a chuva for intensa, mas, do ponto de vista sanitário, é perfeitamente aceitável, pois é melhor tratar parte do esgoto, a não tratar nada.

 

O SR. JOÃO DIB: Quero cumprimentar o DMAE pelo trabalho aqui apresentado. Há dois anos atrás, eu trouxe à tribuna da Câmara o problema do lançamento da Ponta da Cadeia. Não sei se será desativado, porque os mesmos problemas - dos quais reclamei aqui -, de vazamento na praia, continuam. Gostaria de uma informação melhor. Quando eu fui Diretor do DMAE; tínhamos a idéia de fazer o tratamento em São João. Depois, houve várias alterações. Gostaria de perguntar se esse trabalho é da Prefeitura de Porto Alegre. Eu não vejo o nome da Prefeitura.

 

O SR. DIETER WARTCHOW: Importante colocar que há necessidade de se tratar os esgotos da área central do Arroio Dilúvio. Teremos que nos preocupar com projetos de grande monta de investimentos para minimizar os efeitos, impactos, que esses esgotos, hoje, estão causando. O que existe é um planejamento de obras e atividades que são compatíveis com a nossa capacidade de investimento e com as alternativas técnicas. Não podemos nos aventurar numa alternativa técnica que irá exigir grande monta de recursos sem termos a certeza de qual será a tecnologia, e onde iremos localizar essas estações de tratamento de esgoto. Então, que forma estamos planejando? Tínhamos dois projetos factíveis de serem financiados, do ponto de vista técnico e econômico. E tínhamos um problema maior - os esgotos da área central e do Arroio Dilúvio. Então, acertamos com os técnicos do BID o compromisso de , por ocasião da revisão do Plano Diretor e saneamento do meio ambiente, especificamente Plano Diretor de Esgotos Sanitário, encontrar a melhor alternativa técnica, econômica, ambiental, social, enfim todos os aspectos que são necessários para se encontrar a melhor solução. E, por ocasião do desenvolvimento dos projetos em nível do Executivo, já, se preparar para um segundo financiamento, que será feito, provavelmente, em outra administração. O que pretendemos fazer, e temos que fazer, é de uma forma responsável planejar o que será feito na Cidade com relação aos esgotos sanitários.

 

O SR. JOÃO DIB: Eu gostaria de perguntar o que será feito no lançamento sub-pluvial na Ponta da Cadeia?

 

O SR. DIETER WARTCHOW: Sim. Hoje, o lançamento está, pelas nossas avaliações, comprometido, ou seja, o material com vida útil de mais de vinte anos já apresenta problemas de corrosão, que é da própria constituição do material. Estamos com a corda no pescoço, digamos assim, estamos atrasados no tempo e teremos de abdicar, no futuro, desses emissários pluviais; ampliar a estação de bombeamento da Ponta da Cadeia; construir um emissário que levará os esgotos até uma estação de tratamento de esgotos. Existem duas alternativas que estão sendo avaliadas: ou levar os esgotos da Ponta da Cadeia até o Bairro Navegantes onde existe área. E modificamos o projeto de tal forma que, se no futuro, a alternativa for viável e aceitável do ponto de vista da construção ou da condução desses esgotos, através de emissários até a Ilha do Pavão, onde temos, hoje, depositado em torno de 1.200 toneladas de lixo. É uma área crítica dentro do delta do Jacuí, que pretendemos e precisamos recuperar. Uniremos o útil ao agradável, fazendo um projeto que tente compatibilizar também essa questão e resolver o nosso problema. Com relação ao Panfleto, projeto esse do PROSEGE e da Administração, que está viabilizando essa área já referida e que se situa geograficamente atrás do jardim do Olímpico em direção a Grande Cruzeiro e a Grande Glória, em que a população está sendo convidada a participar conosco.

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Jair Soares.

 

O SR. JAIR SOARES: Sr. Diretor do DMAE, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, perguntaria ao Diretor do DMAE sobre esse emissário subaquático, se num primeiro momento ele será lançado sem um tratamento primário, secundário ou terciário ou se ele, quando lançado, terá algum tipo de tratamento? E digo isso porque, como sabe o ilustre Diretor do DMAE, muitas vezes há a inversão da correnteza dependendo dos rios que contribuem para o estuário do Guaíba; e também em períodos de temporal, principalmente no inverno, há o problema desse material refluir para as margens, comprometendo, inclusive, a captação da água para tratamento do DMAE.

 

O SR. DIETER WARTCHOW: Ele sofre um processo primaríssimo, que é o gradeamento. Temos um gradeamento que está construído na estação de tratamento e que protege, principalmente, os equipamentos. Afora isso, não temos um tratamento e isso foi levado em consideração no projeto PROSEGE e nas nossas obras. Fizemos simulações utilizando o modelo matemático do DMAE, verificando qual seria o impacto que causaríamos à qualidade da água no que se refere a carga orgânica que estaria sendo lançada de forma mais concentrada e sobre a elevação no teor de coliformes fecais. Verificou-se que, num primeiro momento, era mais aconselhável efetuarmos esse tipo de disposição a lançarmos in natura, através da rede pluvial, no Arroio Dilúvio e, conseqüentemente, nas proximidades da margem. Ou seja, as avaliações ambientais nos recomendaram a manter a sistemática de planejamento e execução de obras que foram anunciadas na própria construção desse emissário sub-pluvial. Os projetos são esses que eu referi ao Ver. João Dib, em que nós, impreterivelmente, num prazo de dois anos, teremos que achar uma solução para os esgotos e o tratamento dos esgotos da área central de Porto Alegre e da área do Arroio Dilúvio.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Além de cumprimentar o amigo, Diretor do DMAE Engº Dieter e vários técnicos do Departamento, que aqui estão presentes, quero fazer um comentário, Ver. Jair Soares, adendando a resposta do Diretor. É que todo esse esgoto que será coletado na região Cascatinha em diante, chega ao Arroio Dilúvio e acaba chegando, portanto, ao rio Guaíba, aqui, perto de nós, no Parque Marinha do Brasil. Esse esgoto sai margeando ao longo do Parque e, mais adiante, o próprio DMAE capta a água para tratar na estação do Menino Deus. Evidentemente que a água entregue é de boa qualidade, mas, aumentam os custos operacionais do DMAE. Ao recolher esse esgoto e colocá-lo no rio, estará colocando numa posição muito melhor para o rio e para a água que o DMAE capta, porque esse esgoto vai ser colocado numa profundidade muito maior no canal e também no local do rio que tem uma velocidade maior, além de melhorar a situação sanitária da zona em que as redes de separação irão passar. Por último, quero cumprimentar o Diretor do DMAE pela seqüência desses trabalhos que, com certeza, darão um impacto muito importante na questão sanitária e na balneabilidade do rio na Zona Sul e na qualidade da água da Zona Norte, onde o DMAE capta posteriormente.

 

O SR. PRESIDENTE: Não havendo mais Vereadores inscritos para questionar o Diretor-Geral do DMAE sobre o Programa Pró-Guaíba, resta-nos agradecer a pronta aceitação do convite por parte de V.Sª e pelos esclarecimentos prestados.

 

O SR. LUIZ NEGRINHO: Sr. Presidente, para um Requerimento, solicito a inversão da ordem dos trabalhos, ficando a Ordem do Dia em primeiro lugar.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa sugere que este Requerimento tenha sua votação nominal.

Solicito a Srª 2ª Secretária que proceda à chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação.

 

A SRA. 2ª SECRETÁRIA: (Procede à chamada nominal e colhe os votos dos Srs. Vereadores.) Sr. Presidente, 18 Srs. Vereadores votaram SIM.

 

O SR. PRESIDENTE: APROVADO o Requerimento.

 

(Votaram SIM os Vereadores Décio Schauren, Elói Guimarães, Geraldo de Matos Filho, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Jair Soares, João Dib, João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila e Pedro Ruas.)

 

O SR. PRESIDENTE: Passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. N° 0231/93 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N° 03/93, da Vereadora Maria do Rosário, que modifica a eleição direta para Diretores e Vice-Diretores nas escolas públicas municipais e extingue o colegiado, revogando as Leis n° 5.693, de 26 de dezembro de 1985, e n° 7.165, de 16 de outubro de 1992, e o Decreto n° 8.795, de 29 de setembro de 1986. Com Emendas n°s 01, 02, 03, 04, 05, 06 e Subemenda n° 01 à Emenda n° 02. Com Substitutivo n° 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Rel., Ver. Jair soares: pela aprovação do Projeto e das Emendas de n°s 01 a 05;

- da CCJ. Rel., Ver. João Motta: pela aprovação da Emenda n° 06 e da Subemenda n° 01 à Emenda n° 02; e

- da CUTHAB. Rel., Ver. Clovis Ilgenfritz: pela aprovação do Projeto, e das Emendas de n°s 01, 02, 04 a 06 e da Subemenda 01 a Emenda 02 e pela rejeição da Emenda 03.

 

O SR. PRESIDENTE: Requerimento, de autoria da Verª Maria do Rosário, solicitando que seja adiada a discussão do PLL n° 03/93, por três Sessões. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

PROC. N° 0538/93 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N° 14/93, do Ver. João Motta, que dispõe sobre a defesa do consumidor no âmbito do Município de Porto Alegre e dá outras providências. Com Emenda n° 01 ao Projeto; com Substitutivo n° 01 e Emenda n° 01 ao Substitutivo n° 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Rel., Ver. Fernando Záchia: pela rejeição do Projeto e do Substitutivo n° 01;

- da CUTHAB. Rel., Ver. Luiz Negrinho: pela aprovação do Substitutivo n° 01, com a Emenda n° 01, e pela rejeição do Projeto e da Emenda n° 01 ao Projeto;

- da CEDECON. Rel., Ver. Divo do Canto, pela aprovação do Substitutivo n° 01 e respectiva Emenda, e pela rejeição do Projeto e sua Emenda n° 01; e

- da COSMAM. Rel., Ver. Henrique Fontana, pela rejeição do Projeto, com sua respectiva Emenda, e pela rejeição do Substitutivo e sua Emenda n° 01.

 

O SR. PRESIDENTE: Requerimento, de autoria da Verª Clênia Maranhão, solicitando que seja adiada a discussão do PLL n° 14/93 por duas Sessões. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

PROC. N° 2561/93 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N° 78/93, que autoriza a doação de terreno à União Federal para a implantação de Centro de Atenção Integral à Criança - CAIC, em Porto Alegre, e dá outras providências. (URGÊNCIA)

 

Parecer conjunto:

- da CCJ, CFO, CUTHAB, CEC e COSMAM. Relator-Geral, Vereador Dilamar Machado: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE n° 78/93. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Requerimento, de autoria do Ver. João Verle solicitando seja o PLE n° 78/93 dispensado de distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em votação o Requerimento. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

PROC. N° 2562/93 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N° 79/93, que autoriza a doação do terreno à União Federal para implantação de Centro de Atenção Integral à Criança - CAIC, em Porto Alegre, e dá outras providências. (URGÊNCIA)

 

Parecer conjunto:

- da CCJ, CFO, CUTHAB e COSMAM. Relator-Geral, Ver. Dilamar Machado: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE n° 79/93. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Requerimento, de autoria do Ver. João Verle solicitando seja o PLE n° 79/93 dispensado de distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em votação o Requerimento. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

PROC. N° 1646/93 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N° 19/93, da Mesa, inclui a classe de Oficial de Manutenção na disposição do artigo 47 da Lei  n° 5.811/86.

 

Pareceres:

- da CCJ. Rel., Ver. Elói Guimarães: pela aprovação;

- da CFO. Rel., Ver. Artur Zanella: pela aprovação; e

- da CUTHAB. Rel., Ver. Mario Fraga: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PR n° 19/93. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Requerimento, de autoria do Ver. Wilton Araújo solicitando seja o PR n° 19/93 dispensado de distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em votação o Requerimento. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

PROC. N° 2561/93 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N° 78/93, que autoriza a doação de terrenos à União Federal para implantação de Centro de Atenção Integral - CAIC, em Porto Alegre, e dá outras providências. (URGÊNCIA)

 

Parecer conjunto:

- da CCJ, CFO, CUTHAB, CEC e COSMAM. Relator-Geral, Ver. Dilamar Machado: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE n° 78/93. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Requerimento, de autoria do Ver. João Verle solicitando seja o PLE n° 78/93 dispensado de distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em votação o Requerimento. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

PROC. N° 2562/93 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N° 79/93, que autoriza a doação de terreno à União Federal para implantação de Centro de Atenção Integral à Criança - CAIC, em Porto Alegre, e dá outras providências. (URGÊNCIA)

 

Parecer conjunto:

- da CCJ, CFO, CUTHAB, CEC e COSMAM. Relator-Geral, Ver. Dilamar Machado: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o Processo n° 2.562/93 - PLE n° 79/93. O Ver. Clovis Ilgenfritz está com a palavra para discutir.

 

O SR. CLOVIS ILGENFRITZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu tive a oportunidade de levantar uma questão sobre este Projeto, em reunião anterior. Existiriam famílias morando em parte desta área. Esta foi a demanda que aconteceu em nosso gabinete, por parte de uma das pessoas que estariam nesta área. Existem mais de vinte unidades residenciais, em precárias condições, em torno de 30, 32 famílias. Só que, consultando o planejamento, o setor competente, através da Arquiteta Ada, e através, também, de uma solicitação que fizemos pelo Arquiteto Adalberto Hech, foi fazer uma verificação in loco e constatou-se que as famílias realmente existem, só que é numa área destinada à Escola, mas não está neste Processo. É contígua mas não está dentro da área que está sendo doada pelo Município para a construção do CIAC. Então, nós queríamos, em nome da Bancada, e como fui eu que levantei esta questão, tranqüilizar os Srs. Vereadores, o Ver. Dilamar Machado não se encontra no momento, mas estava preocupado, assim como o Ver. Luiz Negrinho, nós podemos dizer, com toda segurança que foi feita uma investigação in loco, foram verificadas as dimensões e essas famílias não estariam sendo atingidas, pelo menos nesse Processo, embora elas estejam em áreas destinada à Escola.

Portanto, nós encaminhamos, por tudo o que foi dito, conferido e discutido e pelo que foi dito pelas Comissões Permanentes, encaminhamos favoravelmente a votação deste Processo até porque queremos ver logo, logo, mais uma escola neste Município. Muito obrigado.

(Revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o PLE n° 79/93 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Sobre a mesa Requerimento, de autoria do Ver. João Verle, solicitando que o PLE n° 79/93, recém aprovado, seja dispensado de distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

PROC. N° 1646/93 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N° 19/93, da Mesa, que inclui a classe Oficial de Manutenção na disposição do artigo 47 da Lei n° 5.811/86.

 

Pareceres:

- da CCJ. Rel.,Ver. Elói Guimarães: pela aprovação;

- da CFO. Rel., Ver. Artur Zanella: pela aprovação; e

- da CUTHAB. Rel., Ver. Mario Fraga: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o PR n° 19/93 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Requerimento, de autoria do Ver. Wilton Araújo, solicitando que o PR n° 19/93, recém aprovado, seja dispensado de distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Requerimento, de autoria do Ver. Airto Ferronato, solicitando licença para tratamento de saúde pelo período de 03 dias, a contar de 27.10.93. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Solicito à Bancada do PC do B que avise ao suplente Raul Carrion para assumir.

A Mesa apregoa dois ofícios do Sr. Prefeito Municipal: n° 656/93 e n° 661/93.

Ainda, em Renovação de Votação, Requerimento da Verª Helena Bonumá, de Moção de Repúdio à Chefia da Casa Civil do Estado, pelas declarações do seu Titular, Senhor Sérgio Porto, à Rádio Gaúcha e Jornal Zero Hora, dia dezesseis do corrente. Em votação o Requerimento. (Pausa.) Para encaminhar, pela Bancada do PDT, Ver. Elói Guimarães.

  

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu venho à tribuna, basicamente, para fazer algumas ponderações. É público, notório, e do conhecimento da Cidade, a educação do Secretário Dr. Sérgio Porto, Chefe da Casa Civil. É um homem de bem, um homem educado.

É preciso que se analise o retalhe havido, nas circunstâncias em que se deu o retruque à reação. Eu não sei, isso é uma avaliação que entrego ao Plenário e, na medida da votação do Plenário, eu recolho essa decisão.

Eu não sei o que é pior: ser chamado, como foi o Dr. Sérgio Porto - sobre ele foi jogado de que era um homem desonesto, para usar uma linguagem civilizada, insinuou-se, claramente, que ele é um homem corrupto.

Como retruca o Dr. Sérgio Porto, naquelas circunstâncias emocionais? Não poderia ser diferente e, no retruque, não há nenhum juízo de valor à pessoa que recebe, contra quem ele reage. Não há um juízo de valor, em chamá-la como chamou. No requerimento está colocado “de pessoa a um comerciante e a uma arataca”. Não há esse sentido de querer ofender quem quer que seja.

Então, eu ponderaria para que se avaliasse aquele momento de emocionalidade. Como eu reagiria? No mínimo, da mesma forma, porque ele foi seriamente acusado, em um momento de profunda emoção, quando se jogava, sobre autoridades do governo, uma série de increpações.

É neste quadro, e nestas circunstâncias que o Dr. Sérgio Porto reage. Reage como? Em legítima defesa da sua própria honra. Perigoso e, até certo ponto, comprometedor se calasse, porque na linguagem popular, mormente, aqui, no Rio Grande do Sul, quem cala consente. Então, a reação do Dr. Sérgio Porto tem que ser colocada dentro deste contexto. Nesse sentido eu faço um apelo à Casa, aos Srs. Vereadores, para que mantenhamos a primeira decisão, qual seja, rejeitando esse requerimento que pede repúdio a uma situação que qualquer um de nós pode passar. Oxalá não aconteça! Situações difíceis, como a que está passando neste momento a Administração Estadual. Ser acusado de corrupto, etc. Então, é nesse momento que o Dr. Sérgio Porto, que é um homem publicamente conhecido, educado, fino, que não tem o talhe, como se diz na linguagem popular, o talhe do boca suja. Ele reage nestas circunstâncias. Pior seria se assim não reagisse.

Portanto, ponderação, eu peço à Casa para que mantenhamos a primeira decisão, já que nas circunstâncias em que se deu o destempero, se assim podemos dizer, que na minha opinião foi uma legítima defesa, e devo confessar, aqui, publicamente, que o mínimo que eu faria, diante daquela acusação de tal gravidade, comprometendo o passado, a família, a sua história, no mínimo seria chamá-la de “arataca”. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Está com a palavra a Verª Helena Bonumá.

 

A SRA. HELENA BONUMÁ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, nós achamos que é importante essa revotação, em função, inclusive, que este processo de tentativa de desconstituição da testemunha da CPI da Propina continua.

Então, gostaria de dizer ao Ver. Elói Guimarães, que usou, hoje, aqui, os mesmos argumentos do Ver. Dilamar Machado, na outra ocasião em que nós achamos que sim; que uma pessoa, principalmente um homem público que é acusado, tem todo o direito de defesa nas instâncias da Justiça, da CPI e mesmo pela imprensa. Acontecesse que essa defesa, Vereador, não pode significar o que significou a intervenção do Sr. Sérgio Porto pela imprensa, reafirmada pela “Zero Hora” do dia 16, sábado, que tratou a testemunha principal dessa CPI de “arataca” num preconceito contra os nordestinos, de “amasiada” e de “cadela”, na medida em que disse que ele e o Governador não eram osso para andar em boca de cadela. Eu estou repetindo aqui, por mais que possa parecer chocante, estou repetindo o que foi colocado por um cidadão, um homem público, e que tem acesso à imprensa, portanto, pelo cargo que ocupa. Nós achamos que o nosso País já está perplexo em demasia pelo estado de corrupção em que vive, e que as tentativas que se faz de apuração desses fatos são preciosas bem como são preciosas as testemunhas que se dispõem a colocar a sua vida em aberto para contribuírem com os processos de investigação. Então, achamos que, por mais que possa haver depoimentos contraditórios, por mais que a testemunha possa se manifestar, em algumas vezes emocionalmente desequilibrada, não é dessa forma que um homem público tem que responder. E nós, a partir da nossa tribuna, do espaço que temos aqui, devemos saber dar o exemplo. Isso faz parte da ética em política que nós tanto temos debatido aqui. Nós achamos que é justamente no momento em que uma pessoas pública é agredida, a forma como se manifesta revela muito dos valores que têm vigência na nossa política. Achamos que não podemos tratar questões desse tipo, que são importantes, como o testemunho dessa Senhora, dessa forma. Nós mantemos, portanto, o nosso requerimento e pedimos aprovação pelos Srs. Vereadores. Muito obrigada.

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Encerrado os encaminhamentos. Solicito à Srª Secretária que proceda à chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação.

 

A SRA. 2ª SECRETÁRIA: (Procede à chamada e colhe os votos dos Srs. Vereadores). Sr. Presidente, 15 Srs. Vereadores votaram SIM e 06 Srs. Vereadores votaram NÃO e 02 Srs. Vereadores ABSTIVERAM-SE de votar.

 

O SR. PRESIDENTE: APROVADO o Requerimento.

 

(Votaram SIM os Vereadores Clênia Maranhão, Décio Schauren, Eliseu Santos, Fernando Záchia, Geraldo de Matos Filho, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Luiz Negrinho, Maria do Rosário e Gerson Almeida. Votaram NÃO os Vereadores Artur Zanella, Elói Guimarães, João Dib, Luiz Braz, Mario Fraga e Pedro Américo Leal. Optaram pela ABSTENÇÃO os Vereadores Clovis Ilgenfritz e Jair Soares.)

 

(Obs.: Foram aprovados os demais Requerimentos constantes na Ata.)

 

O SR. PRESIDENTE: Ainda, Requerimento de autoria do ver. Isaac Ainhorn de Moção de Apoio desta Casa Legislativa à derrubada do Veto Presidencial ao artigo 6° da Lei Federal n° 8.029, referente à incorporação, pelo Banco do Brasil, das funções do extinto Banco Nacional de Crédito Cooperativo, este após ter sido encaminhado pelo Autor. Em votação. Para encaminhar o Ver. Isaac Ainhorn, como Autor.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, na promulgação da Lei Federal n° 8.029 o Presidente Itamar Franco promoveu um Veto Presidencial ao art. 6° que incorpora o Banco Nacional de Crédito Cooperativo ao Banco do Brasil. Os estudos elaborados pelas áreas técnicas do Banco do Brasil entendem que o melhor caminho é a absorção por parte do Banco do Brasil das funções de atribuições, dos acervos e direitos e obrigações e empregados do BNCC. Consideram ainda que a incorporação do BNCC ao Banco do Brasil alinham-se na política de combate à inflação, de incentivo, sobretudo ao setor primário, de incremento da atividade produtiva, de expansão do crédito rural e da consolidação da matéria agrícola em nosso País. Considerado ainda que tal processo onera a União, hoje em dia, em cerca de 100 mil dólares, mensalmente, e que a incorporação reduziria de imediato, tal encargo, considerando que os funcionários, ainda em atividade, representam hoje apenas 70 pessoas, e que a derrubada do veto não implicará retroatividade de seus efeitos aos funcionários do BNCC já demitidos, é que encaminhamos essa moção que tem, sobretudo, o apoio dos setores da economia primária do País, bem como de todo corpo funcional do setor sindical ligado ao movimento bancário que pleiteia e que aspirava que o BNCC, Banco Nacional do Crédito Cooperativo, seja incorporado ao Banco do Brasil. Exatamente, dentro da ótica de que ao Banco do Brasil compete a retomada das atividades de financiamento à atividade primária em nosso País. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma Comunicação de Liderança, e inverte seu tempo com o Ver. João Dib, que está com a palavra.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, a Secretaria Municipal da Fazenda, Coordenação Municipal de Compras, encaminha a esta Casa, conforme Projeto de Lei n° 7.007 de janeiro de 1993, cópia do Edital de Concorrência, e recebe o apoio da Mesa pela medida. Se nós apoiarmos esta medida, a primeira que ocorre ao longo de toda a Administração Tarso Fernando Genro, então acho que cabe uma Comissão de Inquérito, pois é uma coisa muito séria. Aqui tem duas concorrências do DMAE, que o Diretor do DMAE trouxe no volante que distribuiu e que não vieram à Casa. Há uma centena de concorrências feitas. Há editais todos os dias. Ouvi o Prefeito falando, hoje, sobre a Sertório, que vai aliviar a Assis Brasil, tem a Campos Velho. Tem a concorrência da FUNDATEC que é da elevada da Conceição e do Obirici, e isso não passou aqui. Então tem alguma coisa errada na história! Que diabo de Lei é essa que só vale para o Pronto Socorro, para que digam, quando faltar gaze ou oxigênio, que é a Câmara que está trancando. Deve ser isso aí, porque eu, realmente, me ponho em reserva, não aplaudo a administração da Prefeitura, de forma nenhuma, por essa iniciativa. É, no mínimo, muito estranho, porque a administração da Prefeitura tem uma velocidade impressionante. Na sexta-feira, pela manhã, eu reclamei aqui dos gastos de publicidade de um milhão de dólares, com a Agência Trama. Agência esta que fez a publicidade da campanha do Dr. Tarso Genro, no segundo turno. Um milhão de dólares. O que eu vi de movimentação neste Plenário foi algo excepcional, porque eu disse que até quarta-feira, às 18 horas, eu quero ver as explicações. Eu não estou fazendo um Pedido de Informações, eu estou informando que quarta-feira, às 18 horas, eu vou à Comissão de Justiça para buscar justiça. Foi aquela correria toda e na segunda-feira publicaram no Diário Oficial, na forma do art. 125, da Lei Orgânica, que gastaram tanto. Eu olhei e disse que sou obrigado a interromper o meu prazo, porque pelo menos me deram uma satisfação. Quando me explicaram, afirmei que estava tudo errado. No dia seguinte, voltaram dizendo que estava tudo errado, que foram ao Tribunal de Contas, que iriam republicar e me trazer.

Esta aqui é a brincadeira. Estão me dizendo que não cumpriram a Lei, pisaram em cima da Lei e desprezaram a Câmara mais uma vez. É a gaze medicinal do Pronto Socorro, oxigênio líquido, oxigênio gasoso, ar comprimido, óxido nitroso, nitrogênio gasoso, gás industrial e por aí vai. Aqui não diz quando elaboraram este documento. De repente, vão dizer que não tem gás porque a Câmara Municipal não deu, mas estou acostumado com aquele negócio do IPTU. Quando favorável à população, foi iniciativa da Administração da Prefeitura; quando contrária, foi a Câmara que aprovou. Sr. Presidente, coloco todas as minhas desconfianças nesta agressão à Câmara Municipal que, pela primeira vez, recebe um documento. E os outros todos, desde o dia 9 de janeiro de 1993 na Administração Tarso Fernando Genro, onde estão? Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Pedro Ruas.

 

O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, utilizo o tempo de Liderança para fazer o registro da passagem dos 20 anos de existência da Fundação de Atendimento ao Deficiente e Superdotado do Rio Grande do Sul, a FADERS. Encontram-se nas galerias do plenário representantes da FADERS. Os Jornalistas Antônio Celso Sampaio, Izabel Pita, Assessora de Imprensa, o José Ubiritã de Oliveira que é o Presidente da Associação dos Funcionários da FADERS, e o companheiro Jim Cleber Alexandre que é o motorista daquela entidade. A FADERS, chamando-se FAERS, foi criada em outubro de 1973, na sucessão de um trabalho realizado pelo SOE, Serviço de Orientação Educacional e Educação Especial, e que marcou, nesses últimos 20 anos, a sua trajetória como entidade pública, mesmo sendo uma fundação de direito privado, mas vinculada ao Governo do Estado, nas várias gestões de orientação política que ocorreram nesse período, por um trabalho com resultados profundamente importantes para a nossa Sociedade. A atuação da FADERS e a própria discussão sobre a sua existência nos interessa, particularmente, enquanto representantes da Sociedade de Porto Alegre. O atendimento que faz no campo da educação tem sido reconhecido ao longo desses anos, por várias entidades, nacionais e internacionais, de respeito e importância no atendimento da educação especial. O trabalho da FADERS não se dá apenas no campo pedagógico, mas se dá também no tratamento do deficiente ou superdotado, num campo mais amplo, o campo da própria cidadania. A inserção ou reinserção do deficiente visual, auditivo, mental, múltiplo na sociedade, inclusive no que tange à questão do mercado de trabalho, é um dos trabalhos mais importantes que a FADERS tem realizado. Tive conhecimento por estudos nos últimos dias, imaginando essa comemoração dos vinte anos de um trabalho de extrema importância realizado com as crianças e de algumas conclusões, Ver. Henrique Fontana, que, realmente, nos chama a atenção. Há um dado que particularmente me interessou. Segundo levantamentos da própria FADERS, na maioria dos casos em que as crianças antes do primeiro grau, a até no primeiro grau, eram consideradas deficientes mentais. Na verdade verificou-se, isso em mais de 80% dos casos, que a sua deficiência era de nível social, econômico, afetivo e não havia deficiência mental. O tratamento adequado, a orientação adequada, na escola especial possibilitou a muitas dessas crianças o retorno às escolas comuns. Então, é um trabalho que nos diz respeito e, realmente, nos orgulha que seja feito dessa maneira. O tipo de trabalho de prevenção que se faz com bebês, por exemplo, para evitar que mais tarde tenham fracasso escolar, por serem considerados, talvez, deficientes mentais sem o serem, está inserido neste contexto de reconhecimento que se tem por vinte anos de existência da nossa Fundação de Atendimento ao Deficiente a ao Superdotado. Em conclusão, é importante registrar a passagem desses vinte anos. Mais importante que isso é lembrar que a manutenção da FADERS - agradeço o apoio do Ver. João Dib - é um imperativo de justiça e das obrigações da nossa sociedade para com os deficientes. Esperamos comemorar, talvez na tribuna ou em outro lugar, os outros vinte anos da FADERS. Muito obrigado. (Palmas)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Pedro Ruas falou também em nome da Mesa e da Casa, registrando os 20 anos de tão importante instituição do Estado do Rio Grande do Sul. Estamos à disposição da Instituição para qualquer tipo de atividade em que possamos colaborar. Muito obrigado pela presença de seus Dirigentes.

 

O SR. ARTUR ZANELLA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, tendo em vista que se encerrou ontem o período de pauta para os orçamentos e amanhã começa a apreciação na CFO, gostaria que a Presidência lembrasse aos Srs. Vereadores que os prazos, nesse processo, serão seguidos rigorosamente e pedisse que encaminhem as emendas em tempo hábil à Comissão para evitar constrangimentos e análise de última hora.

 

O SR. PRESIDENTE: Agradecemos a intervenção do Presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, Ver. Artur Zanella.

A Mesa apregoa o PLL n° 81/93, Proc. n° 2711/93.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

1ª SESSÃO

PROC. N° 2619/93 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N° 80/93, que cria cargos na Administração Centralizada.

 

3ª SESSÃO

 

PROC. N° 2398/93 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO 32/93, do Ver. Luiz Braz, que altera o artigo 21 da Lei Complementar n° 07, de 07 de dezembro de 1973, na redação dada pela Lei Complementar n° 209, de 28 de dezembro de 1989.

 

PROC. N° 2616/93 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N° 32/93, da Mesa, que altera a Resolução n° 1.214, de 26.08.93, que cria Comissão Especial para examinar os Projetos de Resolução n°s 01/93 e 14/93, que alteram e acrescentam dispositivos à Resolução n° 1.178, de 16.07.92 (Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre).

 

O SR. PRESIDENTE: Não há oradores inscritos em Pauta.

Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

O Ver. Lauro Hagemann está com a palavra.

 

O SR. LAURO HAGEMANN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, trago, hoje, como contribuição para esta Casa, um documento que foi dado a público no último fim-de-semana, em Porto Alegre, fruto de uma reunião política entre representações do PSDB, PT e PPS. Encontro esse com grande afluência de público realizado no auditório da Faculdade de Ciências Econômicas. Esse documento que trarei para conhecimento dos companheiros Vereadores foi fruto desta reunião e ele é muito interessante, porque procura aglutinar os setores ditos de esquerda em um processo de encaminhamento para uma solução global para este País que está carecendo de uma proposta nessa direção. Estamos nos perdendo, à vezes, em fatos circunstanciais e não atentamos para um projeto mais global, que a sociedade possa entender como válido para se sair da crise em que se debate, hoje, a sociedade brasileira. Então, o documento diz mais ou menos o seguinte: “A situação política que nós estamos vivendo hoje sacudiu o velho sistema institucional e introduziu elementos de modernidade na esfera das relações entre o Estado e a sociedade, gerando novos desafios. Reduzir a inflação e o desemprego; desenvolver políticas públicas e reformas econômicas e sociais que busquem a incorporação à cidadania plena de todos os brasileiros, desconcentrando a renda, a riqueza, o conhecimento e, por conseguinte, o poder; promover uma ampla reforma democrática do Estado, que acabe com a corrupção e o clientelismo; proporcionar o crescimento econômico, a modernização tecnológica e a multiplicação das oportunidades de vida; iniciar a transição para um novo padrão de desenvolvimento que incorpore os avanços da revolução técnico-científica hoje em curso com respeito ao meio ambiente e à ecologia, inserindo o País como nação autônoma na nova ordem mundial emergente; radicalizar a democracia e o respeito aos direitos humanos.” Esse é um programa genérico que temos que perseguir. E quais são os agentes políticos que devem interferir na busca desses objetivos? A consecução desses objetivos exige a construção de um consenso mais amplo possível a partir da disputa do debate democrático, da crítica e da colaboração intensiva de parceiros representativos das diversas opiniões e interesses presentes no conjunto da sociedade. Somente rompendo com os dogmas da esquerda tradicional e com o conservadorismo da elites será possível potencializar as esperanças numa sociedade livre, democrática e com justiça social. Temos a convicção de que a implementação de um programa de reformas dessa envergadura somente pode ser viabilizada com o apoio de uma ampla maioria política e social e patrocinada por uma aliança partidária ampla, que reúna todos os setores democráticos incluídos no espectro da esquerda e da centro-esquerda. Os signatários desta carta, filiados ao PT, ao PSDB e ao PPS, representando o pensamento de importantes setores de seus partidos, juntamente com outras forças democráticas e éticas do centro e da esquerda, reconhecem sua profunda responsabilidade neste momento histórico e seu compromisso em apresentar para o conjunto da sociedade um projeto capaz de recuperar a credibilidade na atividade política e na democracia. Assinam esta carta o Vice-Prefeito de Santa Rosa, pelo PSDB, Vicente Bogo; o Deputado Federal, pelo PT, José Fortunatti; o Deputado Estadual, pelo PT, Marcos Rolin; o Vereador de Porto Alegre, pelo PPS, Lauro Hagemann; o Ver. João Motta, do PT; Ver. Clovis Ilgenfritz, do PT; Ver. Décio Schauren, do PT; Ver. Antonio Hohlfeldt, do PT; Gerson Almeida, do PT; Adão Castilhos, Vereador pelo PPS de Caxias do Sul, Paulo Pimenta, Vereador do PT de Santa Maria. Esta carta está aberta para outras assinaturas, é apenas um deslanche de um processo que entendemos como válido. E fazemos um convite a outras forças democráticas e progressistas que se dizem de esquerda, embora o termo esquerda hoje seja um pouco nebuloso. Mas dada a conformação tradicional da formação política, a esquerda, o termo, ainda é uma necessidade de ser colocado na roda. Mas essas formas, mas principalmente a sociedade como um todo, através das suas organizações, das mais variadas, devem se incorporar na construção desse projeto. Um projeto global para a sociedade brasileira, um projeto que a sociedade está pedindo e carecendo, porque hoje se discutem aspectos setoriais de projetos que não englobam todas esses alternativas necessárias que citei no início do discurso. Por isso, Srs. Vereadores, a reunião na sexta-feira passado na Faculdade de Ciências Econômicas de Porto Alegre foi muito importante sob esse aspecto, e teve uma característica importantíssima: os três partidos lá representados fizeram a sua catarse, cada um de seus próprios interiores e apontando nos outros parceiros as coisas que deveriam ser mudadas. E cada um aceitou, porque o debate foi em alto nível e as coisas estão se encaminhando para um entendimento. Até foi dito nesta reunião que estas forças que estavam lá representadas nesta noite estavam, muitas vezes, à revelia das direções partidárias. Porque se formos considerar hoje o que pensam as direções destes três partidos em nível nacional, em nível regional, estamos às vezes na contramão dessas opiniões. Mas é preciso que isso tudo se revise, que essas coisas assumam um consenso e que se conduza esse processo para um leito comum, sob pena de nós, na eleição do ano que vem, não termos o resultado que a sociedade brasileira está a exigir, principalmente em função do que hoje está acontecendo neste País.

Era isso. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Luiz Braz, que está ausente. Com a palavra, o Ver. Luiz Negrinho, que cede seu espaço ao Ver. Milton Zuanazzi.

 

O SR. MILTON ZUANAZZI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, aos engenheiros, médicos que se encontram com assento nesta Casa e outros das áreas exatas, está surgindo, Ver. João Dib, com muita força, no mundo inteiro, uma nova forma de analisar a ciência que as pessoas já chamam de ciência holística. E virá a Porto Alegre um físico norte-americano, Frtjof Capra, que, se não fosse tão cara a audiência que ele fará aqui na Usina do Gasômetro - em torno de quinhentos dólares -, tenho certeza que lotaria. Isso porque hoje há um conjunto de pessoas que vivem e trabalham as questões de ordem exotérica, a ciência holística. O Capra escreveu dois livros e que um foi, praticamente, o best seller da Feira do Livro do ano passado, chamado “O Ponto de Mutação” e escreveu “A tal da física”, dois livros de muita divulgação no meio científico e entre as pessoas que estão trabalhando esta outra visão da ciência. Não mais essa visão cartesiana a que a nossa ciência se submeteu nos últimos quinhentos, setecentos anos, e também a política. Dizem os defensores, que também estão na área da sociologia, que a própria crise do leste europeu, que a crise das instituições é a crise de um determinado dogma criado num momento cartesiano, que analisava o corpo humano como um automóvel. “Olha, o teu carburador está pifado, vai arrumar o carburador.” “Teu motor está estragado”. E o corpo humano... “É teu fígado, teu pulmão, é o teu coração.” E a ciência holística prega essa visão universal do ser, do todo. E aí entra, hoje, o desenvolvimento da medicina homeopática, e assim uma movimentação muito grande que se dá em setores importantes da sociedade.

Mas, essa minha introdução, não tem nada a ver com a essência basicamente do meu discurso, é porque há setores holísticos, principalmente astrólogos, não astrônomos, mas astrólogos que dizem que o ano de 96 é a famosa entrada na Era de Aquarius e que a Era de Aquarius, entra com relação a ascensão de Netuno e Netuno traz com ele a verdade, a absoluta busca da verdade.

E eu, baseado nestas coisas que li, fiz uma reflexão sobre o momento em que estamos vivendo. Parece ser verdadeiro que Netuno está aí a fazer uma revolução da verdade, a buscar determinados valores, que estavam aí, mais ou menos, apaziguados. Vejam bem, estamos hoje, no Brasil, no momento em que as denúncias e as delações partem de corruptos confessos, a grande maioria deles ou de pessoas envolvidas em esquemas de corrupção ou partícipes. Não parte de pessoas externas aos esquemas de corrupção, o que seria natural num ambiente cartesiano, digamos. É meio antinatural o momento em que estamos vivendo. Partem, sem mais e nem menos, como um José Carlos Alves, que anos foi corrupto, partem as denúncias. Eu acho que está em todos nós esta angústia. Dá para se atender, ouvir, dar valor, dar guarida a um cidadão que a vida inteira foi corrupto e agora resolve fazer as denúncias ou um cidadão sem a devida qualidade para fazer uma denúncia de corrupção? Cabe a interrogação, cabe a todos nós, pois é necessária a reflexão. Agora sei lá se essa ciência holística está a explicar. Cheguei à conclusão, inclusive, no aprofundamento do meu relatório na CPI da FUNDATEC, que cabe a nós, nessa hora, um gesto de profunda humildade, de mais profunda humildade. Nós não vamos chegar a lugar nenhum, querendo descaracterizar o Relator. Deixem; vamos nos defender. Vamos confiar nas instituições, porque se não houver essa confiança estaremos institucionalizando a barbárie. Vamos confiar que as instituições democráticas e de justiça estão aí para fazer a justiça, para buscar a verdade, porque se tivermos essa desconfiança também aí não há saída nenhuma. E aí somos obrigados a partir para um projeto que não tem nada a ver com a nossa formação de conteúdo político, de conteúdo sociológico, de conteúdo ideológico.

Então essa confiança nas instituições passa a ser fundamental, porque nós não chegaremos a lugar nenhum descaracterizando qualquer Relator ou denunciante. Chegaremos a algum lugar é apurando e apreciando tudo, e é esse o gesto de humildade que tem que nos dominar nessa hora. Hoje, na nossa reunião, eu dizia, o ideal, talvez, nessa hora, talvez a hora de Netuno, quem sabe os holísticos têm razão, o ideal nessa hora seria que todos nós estivéssemos sendo observados e processados por essa sociedade, todos nós, sem exceção. Ou nós vamos buscar um nível de confiança, um limite de confiabilidade nesta sociedade, ou então o povo estará desconfiado conosco, porque sempre poderá parecer que a verdade absoluta não está vindo à tona. É evidente que esse ideal que falam é uma frase, mas que tem a ver com esse conteúdo que estou procurando dar.

Então, eu acho que o momento é de perplexidade, se nós tivermos uma visão cartesiana. Então, por isso agora justifico a minha introdução à Ciência Holística, não pode ser esse momento de perplexidade para nós, se nós perdemos a visão dogmática que fomos acostumados. Ou nós rompemos com certos dogmas que para nós são esses dogmas que estão postos na sociedade desde que nascemos, e a gente rompe com eles, abre nossas portas e escancara, desde que, vejam bem, preservemos as instituições, mantivermos determinadas instituições que poderão ser a fiel guia da justiça, porque senão, volto a dizer, institucionizaríamos uma barbárie, o que ninguém quer!

Aliás, essa barbárie que já está aí no cotidiano, determinando um fracasso absoluto de qualquer projeto para o nosso País. Dessa forma é uma reflexão que faço aos Vereadores, acho que nós vermos o Frtjof Capra não fará mal a nenhum de nós, é quinhentos dólares, infelizmente, isso está me preocupando, talvez não possa ir. Mas, não fará mal a ninguém de nós, que faz política, neste País, tenho certeza.

Acho que nós estamos precisando, meu caro Presidente, sei que V. Exª tem uma visão aprofundada dos limites desse esoterismo, estamos precisando fugir um pouca da nossa visão cartesiana, que nos formou a todos, independente dos nossos projetos ideológicos e tentarmos buscar novos caminhos para compreendermos direito o que está acontecendo no País e no mundo todo, neste momento. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Não há quórum.

Estão encerrados os trabalhos.

 

(Levanta-se a Sessão às 16h08min.) 

 

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